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Mostrando postagens de julho, 2012

Pele

     Está frio e eu me despi da sua pele.     Ainda n ão sei exatamente o porquê, ou quando aconteceu. Foi simplesmente esvaziando, murchando, assim, aos poucos, tão devagar que nem nos permitiu saber em que época aconteceu. É incrível como o tempo tem o poder de mudar as coisas e as pessoas sem que percebamos. Quando nos damos conta simplesmente aconteceu, as mudanças estão lá mesmo que não estejamos preparados para lidar com elas. O tempo é cruel. Pelo modo como eu me perdia a cada vez que te encontrava, pensei que as coisa poderiam ser duradouras, era quase como brincar de esconde-esconde. Era. Do passado.    Depois de satisfeitas as curiosidades de ambas as partes, não há mais motivos para aquelas longas conversas na madrugada. Se tornara algo mais momentâneo, efêmero, cuja vida não durava mais do que um cumprimento e a troca de meia dúzia de palavras.    É engraçado como pessoas que um dia foram tão íntimas de repente se tornam apenas conhecidas. E num futuro não mu

Encontro Marcado.

     E depois de muito tempo que havíamos nos separado ele me perguntou se eu não tinha encontrado mais ninguém nesse intervalo.   — Encontrar, eu encontrei. – Respondi, percebendo o leve sorriso que se esboçara em seu rosto desaparecer. Certamente ele tinha total consciência da minha incapacidade de manter relacionamentos amorosos. – Encontrei e desencontrei... Acabou que eu perdi a mim mesmo nesse processo, agora tenho de tratar de me reencontrar.   Ele apenas acenou a cabeça. Não era um bom momento para tentar a reaproximação. A fase que eu estava vivendo não era das melhores e definitivamente ele não me acompanharia por ela. Nesses encontros e desencontros talvez eu dê a sorte de topar com alguém que aceitaria segurar minha mão em qualquer que seja a fase – ela boa ou ruim – e siga em frente sem pedir por que, sem pensar em como, apenas viver e sentir, sentir tudo. É disso que as coisas são feitas afinal, de sentimentos.    Por definitivo; O único encon

Síndrome Maria do Bairro

    Também conhecida como doença do exagero, esse é um mal que vem acometendo cada vez mais pessoas. Confesso que sim, sou dramático e muitas vezes exagerado. A diferença é que faço drama com coisas pequenas, como uma nota baixa, uma relaçãozinha sem importância não correspondida, enfim.    Algumas pessoas sofrem do mesmo mal, só que em um nível mais agudo. BEM mais agudo. São aquelas pessoas que fazem questão de despejar todas as suas desgraças nas redes sociais, seja pra chamar a atenção ou se fazer de coitadinho. Infelizmente conheço pessoas assim pessoalmente, e PORRA, as coisas não condizem em momento algum! Ficar atualizando seus status a cada cinco minutos com um mimimimi INFERNAL, por favor!     CACETE, começo dizendo que não acredito nesses lutos virtuais em que a pessoa fica chorando as dores de um ente perdido no Facebook e twitter. MEU BEM, SE VOCÊ ESTIVESSE MESMO SOFRENDO NÃO TERIA NEM VONTADE DE SEQUER LIGAR O COMPUTADOR. E não pensem que eu falo isso da b

MARAVILHA!

   Então meu povo, pra quem não sabe Maravilha é o nome da cidade em que moro. Não sei ao certo, e também nem me interessa saber, mas acho que tem mais ou menos vinte mil habitantes. Ou não. Sei lá. Você deve estar se perguntando; quem nasce em maravilha é...? Maravilhoso, é claro! (Ah, desculpem, não resisti a piadinha)    Ok, não foi pra asneiras que comecei a escrever esse post. Só queria mostrar um tanto da minha revolta contra essas pessoas (próprios moradores) que insistem em falar mal da cidade.    É fato que a cidade é monótona, dado seu tamanho, então um dos principais pontos de encontro acaba sendo mesmo a praça central, e, nos domingos á noite a Avenida Araucária. Partindo desse ponto aqui todo mundo conhece quase todo mundo. Então, torna-se normal falar da vida alheia, seja bem ou mal.    Existem pessoas fofoqueiras? Sim, como em qualquer lugar do mundo (até mesmo em Londres *pasmem*) Existem pessoas que julgam? Tanto quanto existe em LA (pode ficar chocado) Exis