Um livro é uma inesgotável fonte de sabedoria, é como se neles conseguíssemos encontrar todas as respostas para os infindáveis questionamentos existenciais que surgem ao longo de nossas vidas. Sempre tive muita, MUITA dificuldade em verbalizar as coisas que sinto, e são justamente essas palavras não ditas que muitas vezes comprimem meu peito e apertam a garganta. Então, especialmente para mim, os livros – cada um que passa pelas minhas mãos – tem um gosto e uma significação especial. Eu encontro um pouco de mim em cada um deles, e eles se encontram dentro de mim – é uma relação extremamente recíproca. Um livro é como um refúgio, um melhor amigo, a melhor de todas as companhias. Sei que essas palavras podem soar clichês, mas somente para pessoas que não sabem o que é isso, que não sabem o quão magnífica podem se tornar nossas relações com os vários mundos que nos são apresentados nesses fascinantes amontoados de páginas. Feitas essas breves (
Depois do ocorrido sentou-se frente à TV de sua casa e por várias horas ficou a observá-la, porém sem nada ver. Era como se tivesse voltado a viver em outra a dimensão – aquela que nunca, em hipótese alguma , deveria ter saído. Eram quase duas da manhã quando se deu conta de que deveria acordar cedo para se dirigir ao trabalho na manhã seguinte. Desligou a TV e esticou-se para a mesa de centro, tomando seu computador nas mãos; acessou suas principais redes sociais e desativou-as, era preciso sumir por algum tempo, afinal era assim mesmo que se sentia; invisível. O computador aberto em seu colo era a única fonte de luz no local agora, e, assim que o fechou, as sombras deitaram sobre si, mas agora elas não pareciam mais pesadas a amedrontadoras como quando criança. Agora, as sombras, o escuro, a reclusão, pareciam estranhamente reconfortantes. De um modo ou de outro sempre acreditou mais no poder das trevas que na luz. Era na escuridão, nos momentos